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Sobre o Blog.

Blog criado para a aula “Imagem: Análise e Prática”. Artigos e Trabalhos por: Luccas Villela e Thomaz Pedro

PUC-SP 2010

 

São Paulo – SP

Prof. Donizetti Louro

 

Por Thomaz Pedro

Ao ler o texto Usando a Realidade Aumentada na Publicidade acabei por fazer algumas associações ao meu TCC, intitulado Espaços Híbridos e Subjetividade. Esse trabalho então se estendeu de um trabalho sobre realidade aumentada para uma comparação do primeiro texto com o TCC para mostrar como que o primeiro poderá me ajudar no segundo.

O texto Usando a Realidade Aumentada na Publicidade começa com uma definição bem concisa para o termo realidade aumentada, sendo ela “um tipo de interface avançada que permite, ao usuário, ver, ouvir, sentir e interagir com informações e elementos virtuais inseridos no seu ambiente físico, através de algum dispositivo tecnológico”.  O texto traz em seguida diversos exemplos de aplicações da interface, desde o mais conhecido cartão impresso com uma figura que, quando colocado na frente da webcam, é reconhecida pelo computador que consegue ler sua posição no espaço. Ou até exemplos mais complexos como a observação, através de um celular, de um imóvel virtual que ainda será construído no próprio terreno ou outdoors e mensagem virtuais que podem ser visualizados através desse aparelhos.

O texto segue, sempre trazendo exemplos e suas aplicações prática no mundo da publicidade, e deixa bem claro que a realidade aumentada é uma ferramenta que vai facilitar a sensação de naturalidade de objetos virtuais sobrepostos ao mundo real. O texto termina com uma previsão – em algum tempo será mais comum o uso de tecnologia móvel, como celulares com GPS ou óculos de realidade aumentada, em espaços abertos para a visualização de um espaço virtual inserido no espaço real. Uma cidade/ambiente virtual construída em cima da cidade/ambiente real que só pode ser visualizada com o uso dessas tecnologias.

No meu TCC defendo que as tecnologias móveis de comunicação são capazes de criar um espaço híbrido entre o virtual e o real e esse novo espaço certamente traz consigo mudanças para as subjetividades individuais e também coletiva. O espaço físico está cada vez mais contaminado por vestígios do espaço virtual. Hoje em dia existem espaços de sociabilidade que só fazem sentido nesse ambiente contaminado, híbrido. Podemos enxergar e caminhar na nossa cidade de uma maneira diferente por meio das tecnologias móveis e navegar na rede nos movendo fisicamente.

Além da semelhança óbvia dos dois temas, achei nesse texto sobre realidade aumentada diversos exemplos que poderei usar na tese. Eles vão complementar e abrir um novo leque de exemplos diferentes dos que eu utilizava que se limitavam a existência de comunidades virtuais geosociais, obras de arte midiáticas e pervasive games desenvolvidos para essas tecnologias, principalmente para o celular com GPS. A realidade aumentada é, então, mais um leque em que posso apoiar meus estudos e de lá tirar exemplos práticos desse espaço híbrido e de sua utilização pratica.

A tese tentar compreender como que esses espaços híbridos, criados a partir dessas tecnologias podem influência na subjetividade, para tal é necessário definir claramente o que são espaços híbridos, como funcionam e como surgiram e isso será feito com ajuda da tese de Adriana Souza e Silva. Ela explica e exemplifica como os espaços híbridos, que tendem a tornar-se cada vez mais parte do nosso dia a dia, contestam a noção de real e virtual, transformam a sociabilidade, a produção do imaginário, a percepção do mundo. Também será necessário tentar compreender a relação de tecnologia e subjetividade, alguns teóricos, como Pierre Levy (1993), em seu livro As Tecnologias da Inteligência; e Guatarri (1987), em seu artigo Da Produção de Subjetividade e também a tese de Souza e Silva são algumas das bases teóricas que pretendo me apoiar para fazer essa relação.

O que acho interessante é que todo esse percurso descrito acima e o resultado da tese também poderá ser aplicado aos exemplos de realidade aumentada que vimos no texto.

A cada momento que abrimos os nossos olhos e vemos pequenos fragmentos do mundo, nossa percepção subjetiva do que vemos na nossa frente é clara, coerente e completa. Nós presumimos que essa impressão é confiável e correta, e normalmente nem nos preocupamos para o “como” isso aconteceu. Para nós isso é tão automático que muitas vezes até esquecemos que as imagens formadas no nosso cérebro e mundo que estamos vendo não são a mesma coisa. Mas na realidade o mundo visual “virtual” que é criado nas nossas mentes é um resultado da interação entre nossa experiência, nosso repertório, e a informação que recebemos.

É interessante então notar quais são os resultados para a nossa percepção quando nos deparamos com estímulos ambíguos, como por exemplo imagens ambíguas. As imagens ambíguas sempre contêm mais de uma cena na mesma imagem.
Nosso sistema visual interpreta a imagem em mais de um modo. Embora a imagem em nossa retina permaneça constante, nunca vemos uma mistura estranha das duas imagens/percepções sempre é uma ou a outra.

A nossa percepção se alterna entre interpretações possíveis das imagens; isso é, a nossa compreensão fica em dúvida com o mundo que estamos vendo, não aceitando de imediato o visto como o mundo, pois ele pode variar dependendo da interpretação. Isso é a razão do contínuo esforço do cérebro de reavaliar a informação que recebe.

Uma das razões para o estudo de imagens ambíguas é a idéia de que a alternância na nossa percepção visual revela as seleções que fazemos durante o processo envolvido na percepção visual em geral. Ou seja, pode nos ajudar a conhecer mais os princípios organizacionais inerentes a todo tipo de visão.

O estudo das imagens ambíguas pode também nos ajudar a aprofundar o entendimento de consciente e inconsciente. Quais os processos cerebrais estão ativos quando o observador reconhece uma das imagens, e quais estão desativados para que ele não reconheça a outra interpretação da imagem?

Ramachandran escreveu em um artigo: “Imagens visuais são essencialmente ambíguas. A imagem de uma pessoa na retina tem o mesmo tamanho se vemos um anão bem de perto ou um gigante de longe. A percepção depende, em parte, de empregar certas premissas sobre o mundo para resolver essas ambigüidades, e podemos nos valer de ilusões para descobrir quais são as regras e proposições ocultas no cérebro. “

É interessante fazer uma paralelo dos estudos que Rachamandram e outros pesquisadores fizeram quanto as imagens ambíguas e os estudos feitos por Bakthin e aprofundado por outros lingüistas. Os último afirmam que para entender a linguagem é necessário inserir – lá no contexto de relação social que a engloba, ou seja, um texto nunca é lido da mesma maneira por duas pessoas diferentes, um enunciado nunca tem o mesmo significado as pronunciado por pessoas diferentes. É preciso situar emissor e receptor, bem como o próprio som no meio social, é necessário entender todas as condições de produção de um enunciado se queremos chegar no seu significado. O repertório do receptor é dos produtores tem que ser levando em conta. Isso tem um forte relação com os estudos das imagens ambígua, os dois estudos chegam as mesmas conclusões pois acreditam que o mundo que percebemos é um resultado da interação entre nossa experiência, nosso repertório, e a informação que recebemos.

Bibliografia

http://www.cnbc.cmu.edu/~tai/papers/ima.pdf

http://home.planet.nl/~brascamp/publications/thesis_brascamp.pdf

http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/ver_e_acreditar_imprimir.html

http://www.cubbrasil.net/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=1038

http://www.cubbrasil.net/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=1038


A telepresença é uma tecnologia que permite a sensação de presença de alguém que esta distante através de estímulos ao sentido dos usuários. Imagem, posição, movimentos, ações e sons são transmitidos para um lugar diferente de onde estão. É comum que as informações viajem nos dois sentidos, então ambos as pessoas que conversam podem ter a sensação de presença.

A telepresença pode funcionar em diferentes graus de imersão dos usuários, isso depende de uma série de fatores que vão de qualidade da tecnologia de transmissão até o que está sendo transmitido (uma tv pode, às vezes, funcionar como um transmissor de telepresença em apenas uma das direções, como em alguns casos de  programas ao vivo, ou mesmo um celular). Mas ainda não é possível experimentar uma confusão com a realidade, ou seja, ainda não existe uma tecnologia suficientemente convincente em que o usuário não saiba se está na presença real de alguém ou numa presença simulada.

A telepresença e realidade virtual não são a mesma coisa, apesar de diversas similaridades. O principal ponto de diferença é que a realidade virtual na maioria das vezes dá a sensação de um ambiente virtual, enquanto a telepresença tenta só reproduzir um ambiente real.

No texto Performance em tele-presença. O corpo em telepresença a professora Maria Beatriz de Medeiros pretende entender como um corpo ausente pode efetivamente participar de uma comunicação e principalmente quais seriam os efeitos de uma performance por telepresença. Mas é a primeira parte de seu trabalho que mais nos interessa nessa discussão. Para ela “a experiência corporal em telepresença, por não permitir o tato, é incompleta, o olfato é, ainda, inexistente. De fato, a experiência da presença espectral é apenas fantasmal, imagem de baixa qualidade sem carne, sem a possibilidade de secreções e contaminações.”

Ela considera que a telepresença existe porque hoje vivemos com medo do mundo real. Temos medo de nos relacionar na presença corporal já que somos constantemente confrontados com falsos corpos ideais de ídolos e de estrelas. Isso faz com que tenhamos medo de mostrar nosso corpos flácidos e verdadeiros. E a telepresença surge como uma ferramenta que possibilita a relação sem o corpo.

Bibliografia:

http://www.corpos.org/papers/corporificacao.html#_ftn1

  Eric Drexler: popularizou o conceito e o termo “nanotecnologia”

Eric Drexler

  Kim Eric Drexler é um cientista, engenheiro e nanotecnólogo estado-unidense. Foi aluno do Massachusetts Institute of Technology, onde obteve o título de primeiro PhD em nanotecnologia do mundo em 1991. Em seus estudos e pesquisas na área de biologia molecular, bioquímica, ciência da computação e de projetos tecnológicos e nanotecnológicos, escreveu seu primeiro artigo cientifico em 1981 sobre a possibilidade de reproduzir mecanicamente a atividade biológica celular, ou engenharia molecular, na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.  Alguns consideram que a palestra que físico Richard Feynman fez em 1959 na reunião anual da “Sociedade Americana de Física” no “California Institute of Technology” (Caltech) foi a primeira explanação técnica da nanotecnologia, mas Drexler definiu as possibilidades com maior abrangência e definição de detalhes em suas obras. Compreendeu as implicações da nanotecnologia e buscou informar o público sobre seus desafios. A princípio, com tecnologias que ameaçavam a ordem científica estabelecida, suas idéias encontraram resistências, mas a credibilidade de seu trabalho se fortaleceu e seu livro “Nanosystems” de 1992 ganhou o prêmio de melhor livro de informática do ano. Atualmente governos de diferentes países têm investindo em programas de pesquisa e de desenvolvimento em nanociências e nanotecnologias, criando grandes e importantes centros de pesquisa no setor, como, por exemplo, o “Foresight Institute” dirigido pelo professor K. Eric Drexler. As idéias propostas por Drexler estão mudando rapidamente os métodos de produção nas indústrias em todo o mundo. Os nanomateriais já integram a lista de materiais fabricados e aplicados nas mais diversas áreas. Os produtos que usam nanotecnologia estão batendo o mercado e o crescimento estimado na indústria relacionada vai além das expectativas.

  Nanotecnologia: Definição e associações

  Nano é um prefixo que quer dizer um bilionésimo de alguma grandeza. Se estamos falando do padrão de medida metro, tratamos, então, do nanômetro. Um objeto com um nanômetro tem um bilionésimo de um metro (numericamente 0,0000000001 metro), isto é, algo muito pequeno, aproximando-se das dimensões dos átomos que formam toda a matéria que conhecemos. Para termos uma idéia, um simples fio de cabelo tem o diâmetro de aproximadamente 30.000 nanômetros. Já um átomo possui em média 0,2 nanômetro. É nessa dimensão pequeniníssima que trabalha a nanotecnologia e sua originadora, a nanociência, já que tudo começa na ciência para que sejam desenvolvidas tecnologias que se transformam em produtos manipulados pelo homem. A nanotecnologia está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica). O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza). É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). Criada no Japão, a nanotecnologia busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao homem. Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o Microscópio eletrônico de varredura, o MEV. 

Associações e Aplicações

O que é realidade aumentada?
É um tipo de interface que dialoga com o usuário e todos os seus sentidos, interagindo com elementos virtuais colocados em um ambiente real, através de um computador.

Hoje conseguimos a realidade aumentada de varias formas, mas a mais simples é usando: um computador, uma webcam e um pedaço de papel com um determinado desenho que um software especifico irá ler. O computador fará uma leitura do desenho no papel verificando sua posição em relação ao espaço e formará uma imagem tridimencional atrelada ao papel, e o resultado é este que vemos abaixo.

Realidade aumentada no comércio e publicidade.

Comercial “Doritos Lover” – 03/2010 – Utilizando realidade aumentada até mesmo encima de um prédio.http://www.youtube.com/watch?v=SsJbK5DQ2Fc

 Uma estratégia que vem crescendo muito na publicidade é o assunto vigente do trabalho. As marcas utilizam deste dispositivos para o consumidor ter uma relação com o produto praticamente viva, assim humanizando o que esta sendo comprado, deixando-o mais próximo do consumidor.

Campanha da Lego – 09/2009 – colocando a caixa do brinquedo na frente da câmera, a tela revela seu conteúdo.http://www.youtube.com/watch?v=PGu0N3eL2D0